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Sitraemfa convoca os trabalhadores da Rede Conveniada a participarem deste ato contra a interneção compulsória

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Movimentos sociais organizam vigília contra internação compulsória na “cracolândia”

A manifestação será dia 21 de janeiro, a partir das 8h, em frente ao Cratod

Diversos movimentos e organizações ligados à defesa dos direitos humanos, às lutas antimanicomial e por outra política de drogas realizarão manifestação contra a internação compulsória no dia 21 de janeiro, a partir das 8h, na região da chamada “cracolândia”, no centro de São Paulo.

A concentração será em frente ao Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), na rua Prates, 165.  A ação busca se contrapor à operação do governo estadual que visa aplicar a internação compulsória aos usuários de crack. Os manifestantes acompanharão as abordagens desde seu início.

Após um ano da fracassada e violenta operação militar no centro, conhecida como “Operação Dor e Sofrimento”, novamente o governo tenta tirar dali, à força, os que tanto incomodam os interesses comerciais e especulativos do cobiçado bairro da Luz, em processo de “revitalização”.

Para as organizações envolvidas, pode virar regra um mecanismo que a lei determina só poder ser usado em situações extremas, – nas quais a pessoa esteja pondo em risco sua própria vida ou a de terceiros. O programa planejado pelo governo do Estado de São Paulo conta com um centro de triagem pronto para a expedição fast food  de pedidos de internação compulsória. 

As pessoas serão tiradas da rua e encaminhadas ao Cratod, onde passarão por equipe de médico, promotor e juiz. O alvo da ação são os usuários pobres do centro, evidente, ou alguém esperava o governo agindo desta forma nos bairros ricos da cidade?

 

Usuário de drogas também é cidadão

 

A manifestação tem a intenção não só de fiscalizar a implementação dessa ação do governo e tentar impedir qualquer possibilidade de violência como também de denunciar o uso da internação compulsória como política massiva violadora dos direitos humanos.

É sempre mais fácil culpar uma substância do que olhar seriamente para a complexidade causadora e mantenedora da vulnerabilidade de pessoas alijadas de seus direitos básicos.  Se a intenção é “cuidar”, por que os planos estatais não incluem garantia do acesso à moradia, trabalho, educação, saúde e cultura? 

 Assim como no caso de qualquer droga, lícita ou ilícita, nem todo consumo de crack é problemático ou abusivo, sendo desprovida de qualquer base científica ou empírica a abordagem governamental que identifica todo usuário como dependente. Além disso, no caso do minoritário uso problemático, há uma série de alternativas de abordagem para um tratamento decente, sendo voluntariedade e individualidade na análise dos casos pré requisitos básicos para o sucesso das intervenções.

 

Ato-vigília contra a internação compulsória

Onde: Em frente ao Cratod, rua Prates, 165.

Quando: 21 de janeiro, a partir das 8h

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