No sábado, (22/10) em assembleia geral de campanha salarial da Rede Conveniada 2016, foi aprovado, por maioria dos trabalhadores (as) presentes à assembleia, o acordo coletivo e, por conseguinte, o índice de reajuste salarial de 10%. O referido índice de reajuste foi conseguindo após vários meses de negociações com o sindicato patronal e com o poder público municipal.
Nas negociações, a prefeitura alegava não ter recursos para pagar o reajuste salarial dos trabalhadores. Por outro lado, o sindicato patronal, não se comprometia em estabelecer um índice de reajuste, uma vez que a prefeitura não garantia o repasse e, que as entidades, já vinham arcando com percentuais de anos anteriores. Como, por exemplo, de 2015, quando o acordo entre patrão e empregado foi de 9,5% e a prefeitura repassou apenas 5,5%.
Durante todo o processo de negociação a direção do Sindicato se deparou com essas as dificuldades. Porém, não abrimos mão do direito do trabalhador ter o reajuste, de pelo menos o índice da inflação do período anterior.
A nossa justificativa foi que os trabalhadores da Rede conveniada não são funcionários públicos e por isso não aceitaríamos o reajuste na forma que os professores da rede direta receberam, ou seja, parcelado e em dois ou três anos.
Lembramos que poucas categorias profissionais conseguiram reajuste acima da inflação. Nós, trabalhadores (as) da Rede, conseguimos um reajuste um pouco acima da inflação, ou seja, a inflação dos últimos 12 meses foi na casa do 9,15%, e negociamos 10%, com um aumento real de 0,85%.
Porém, nem tudo são flores. A prefeitura concordou com o índice de 10%, mas justificando não ter dinheiro em caixa para o ano de 2016, condicionou o repasse do rejuste em duas vezes: 4%, retroativo ao mês de julho e mais 6% em janeiro, sobre o salário reajustado com os 4%.
Diante desta imposição da prefeitura de conceder o reajuste, acima da inflação, mas condicionado ao repasse em duas vezes. Do cenário adverso, critico e de instabilidade política e econômica e, sem falar na incerteza jurídica com a possibilidade da proposta de reforma trabalhista, em que não se fechando acordo coletivo no ano vigente, as cláusulas do acordo coletivo do ano anterior, podem perder a valida. Ou seja, não mais ser válido e passando a vigorar somente os direitos negociados no acordo vigente (2016).
Com toda essa instabilidade conjuntural, o sindicato chamou uma assembleia geral da categoria e colocou todas as dificuldades apresentadas. Enfatizando todos os ônus e bônus de não se aceitar a proposta negociada junto ao sindicato patronal e a prefeitura.
Após a apresentação os trabalhadores presentes a assembleia decidiram por aceitar a proposta negociada de 10%, pago em duas vezes.
Entendemos não ser uma vitória contundente, mas também não é uma derrota, haja vista os índices de reajustes alcançados por outras categorias profissionais, este ano, durante esse período de instabilidade.
Neste sentido, solicitamos a todos os trabalhadores que acompanhem se as entidades então passando os índices acordados e, caso não esteja, que comuniquem imediatamente ao sindicato para que sejam tomadas as providenciais devidas.