Diante da elevação do número de casos de síndromes gripais nos últimos dias – o que tem levado ao afastamento das funções de milhares de profissionais de saúde em várias regiões do País –, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reduziu, nesta segunda-feira (10), a quarentena desses profissionais para cinco dias, o que possibilitará o trabalho deles mesmo contaminados.
Risco
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) considera preocupante a proposta do ministério. “Os profissionais de enfermagem atuam diretamente na assistência à população, incluindo doentes, imunossuprimidos e convalescentes, entre outros grupos altamente vulneráveis. Reduzir o afastamento implicaria risco de transmissão para a população assistida”, afirmou, em nota.
Absurdo
O presidente do SindSaúde ABC, Almir Mizito, concorda: “É mais uma ideia absurda desse governo, que finge não ver que a situação está cada vez mais grave; em vez de ajudar no combate à pandemia, só estão atrapalhando”, afirmou.
Entre os profissionais afastados estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, maqueiros e recepcionistas, segundo informações das secretarias de Saúde de diversos estados.
“O que precisa ser feito é manter o afastamento de 14 dias e contratar novos profissionais, pois os que trabalham na linha de frente estão sobrecarregados, tanto pelo aumento do número de contaminados pela Covid-19 como pela Influenza”, concluiu.
(Com informações do Diário do Grande ABC)