No próximo dia 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, trabalhadoras e trabalhadores da CUT São Paulo ocuparão as ruas da capital paulista para exigir igualdade, liberdade e autonomia. A atividade é organizada em conjunto com outras centrais e movimentos sociais.
A concentração começa às 9h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista nº 1578, de onde sairá a caminhada até a Praça Franklin Roosevelt, próximo às estações de metrô República e Anhangabaú.
Neste ano de 2014, em que a CUT/SP completa 30 anos de lutas e conquistas, as trabalhadoras lembram também a importância das mulheres do campo e da cidade na defesa da igualdade, que começa dentro da própria Central: a partir da próxima gestão, a direção deverá ser formada por 50% de dirigentes de cada gênero.
A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sonia Auxiliadora, ressalta a importância da atividade para dar visibilidade à luta das trabalhadoras. “Vamos às ruas para dialogar com a classe trabalhadora sobre os problemas enfrentados no dia-a-dia como a falta de creches públicas, igualdade salarial, licença maternidade de 180 dias e a violência contra as mulheres que acontece em casa, nas ruas e no ambiente de trabalho”, afirma.
As dirigentes cutistas também levarão às ruas as histórias de violência que testemunharam em caravana que percorreu o estado no final de 2013. Como resultado da mobilização de 30 dias, as lideranças sindicais entregaram um documento com denúncias à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR).
Outra pauta deste 8 de março é a defesa de um Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana que promova a reforma política. A CUT e parceiros dos movimentos sociais encampam esse movimento que defende, entre outras propostas, ampliar a representação das mulheres (elas ocupam apenas 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e 12% no Senado) em espaços políticos como o Congresso Nacional e as Câmaras federal, estaduais e municipais.
JORNAL – A CUT/SP produziu para março o “Jornal Especial Mulher”. Ele traz como lema as “trabalhadoras em luta por uma sociedade com igualdade, liberdade e autonomia”. Clique aqui para ler a publicação
Você sabia?
O Dia Internacional da Mulher foi proposto pela jornalista e política alemã Clara Zetkin, em 1910, no 2º Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhagen. À época, a militante não sugeriu uma data específica.
Na década de 70, o dia passou a ser associado de forma equivocada a um incêndio que aconteceu em uma fábrica têxtil de Nova Iorque, em 25 de março de 1911, que vitimou 146 pessoas, das quais 125 eram mulheres. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
8 DE MARÇO
Ato unificado do Dia Internacional da Mulher
Horário: concentração às 9 horas
Ponto de encontro: Vão livre do Masp, na Avenida Paulista nº1578, ao lado do metrô Trianon-Masp