Ao analisar algumas das medidas anunciadas pelo governo interino Michel Temer (PMDB), percebe-se que, irresponsavelmente, ele quer sacrificar ainda mais os educadores brasileiros, em particular os que atuam nas redes estaduais e municipais de todo o país no ensino básico. Lamentável.
Dentre as medidas apresentadas até aqui está o fim de vinculações constitucionais, que na prática significa menos 15% em recursos para os municípios aplicarem na Educação Básica. É mais arrocho aos docentes, pois os gestores terão agora mais uma desculpa para congelarem os salários do pessoal do magistério.
Temer e seu ministro da Educação (Mendonça Filho, DEM-PE) querem também substituir a Lei do Piso Nacional dos Professores por uma política de ‘bônus’ salarial. Além de não contar para a aposentadoria, esse tal ‘bônus’ está condicionado a uma série de entraves, de forma que poucos irão recebê-lo.
Fala-se também em ampliar a jornada dos professores em sala. Ou seja, querem que os docentes deem mais aulas e peguem mais turmas. Um absurdo, se levarmos em conta que muitos docentes vivem doentes justamente por já enfrentarem uma dura rotina de sala de aula.
Por fim, Michel Temer e seu ministério são também favoráveis às privatizações. Neste sentido, têm como um de seus projetos terceirizar as escolas públicas, o que na prática é entregá-las ao setor privado.
Aonde vamos parar com tanta notícia ruim? Será que foi mesmo correto afastar a presidenta Dilma Rousseff?
POR TARCÍSIO SOUZA SANTOS · MAIO 17, 2016
Por *Larissa Mendes R de Azevedo, Brasília
*Larissa Mendes R de Azevedo é pedagoga e Doutora em Educação
Fonte: Palavra Amiga