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Nota da CUT-SP sobre mobilizações, atividades e funcionamento da estrutura

Companheiros, companheiras das subsedes, sindicatos e ramos cutistas,

Em consonância com as orientações oficiais das autoridades sanitárias e com o comunicado da Executiva nacional da nossa central divulgado na sexta-feira (13), em relação a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Executiva da CUT-SP, ao contrário daqueles que se julgam acima de tudo e de todos, até mesmo da saúde da nossa população, reforça que adotará todas as medidas e práticas possíveis para contribuir com as ações preventivas neste período.

Deste modo, a CUT-SP:

1. Reitera que as greves e paralisações programadas para 18 de março sejam mantidas, devendo os professores, servidores públicos, estudantes, militantes de movimentos populares e demais trabalhadores permanecerem em suas casas, sem realização de atos públicos com aglomeração de pessoas;

2. Recomenda as coordenações de nossas subsedes, sindicatos e ramos que, sem prejuízo à sua organização, a partir de 18 de março:
a) Adiem todas as atividades programadas, como atos públicos, reuniões, plenárias e assembleias;
b) Priorizem o atendimento aos sindicalizados por meio de telefone, e-mail, whatsapp ou das redes sociais das entidades, como forma de reduzir a circulação de pessoas nas sedes;
c) Na medida do possível, reduzam o quadro de funcionários presentes nas estruturas sindicais, designando tarefas que possam ser realizadas a partir de suas próprias casas.

3. Informa que, a partir de 18 de março, nossa estrutura em São Paulo:
a) Passará a trabalhar em regime de atendimento parcial, com número reduzido de funcionários, priorizando o atendimento por meios eletrônicos (telefone, e-mail, whatsapp), devendo os funcionários dispensados exercer suas atividades em sistema a partir de casa;
b) Adiar todas as atividades previstas para as próximas semanas (reuniões de coletivos, da direção, seminários etc), sendo mantidas apenas as reuniões que se fizerem necessárias.

4. Embora tenhamos clareza de que o país não pode parar e que a economia precisa voltar a crescer, diante desse caso, junto aos sindicatos, vamos cobrar dos governos federal, estadual e municipais, das empresas privadas e públicas a adoção de medidas voltadas à prevenção e proteção dos trabalhadores e da população, com atenção especial àqueles que se encontram nos grupos de maior risco (pessoas com mais de 60 anos de idade, transplantados, diabéticos, asmáticos, em tratamento oncológico etc);

5. Seguirá cobrando insistentemente do governo a aplicação dos recursos necessários na saúde pública para o atendimento e tratamento da população que for afetada, bem como fazendo a defesa intransigente do Sistema Único de Saúde (SUS);

6. Por fim, repudia a atitude inconsequente do presidente da República em incentivar as manifestações deste domingo (15), que atentam contra nossa democracia e seus poderes legalmente constituídos, numa ação agravada pela irresponsabilidade de Bolsonaro sair do isolamento recomendado pelo seu próprio Ministério da Saúde e ir à público cumprimentar adoradores que também ignoram a gravidade dos riscos de propagação do coronavírus em nosso país.

A CUT-SP segue atenta aos desdobramentos e orientações oficiais dos órgãos de saúde e não medirá esforços para proteger os trabalhadores e a população.

São Paulo, 16 de março de 2020.

Executiva da CUT-SP

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