Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, os profissionais em educação do município de São Paulo decidiram em assembleia da categoria iniciar uma GREVE por tempo indeterminado. O Governo Doria não deixou outra alternativa, pois com um Projeto de Lei 621/16, amplamente “aditivado” e apresentado à Câmara Municipal, pretende elevar a contribuição previdenciária, passando dos 11% atuais, para até 19%. Com o PL 621, os servidores estão condenados a contribuir mesmo depois de aposentados. Na prática, somando os descontos de Imposto de Renda, os servidores terão descontos entre 30% e 48%. Trata-se de um verdadeiro confisco e rebaixamento dos salários dos servidores, que anula inclusive os ganhos com evoluções na carreira, num momento em que os trabalhadores sentem os efeitos devastadores da política dos Golpistas, a qual já condena 13 milhões ao desemprego e corta recursos da educação e saúde públicas. É uma política de confisco dos direitos, que em São Paulo provoca a superlotação de salas de aula, a interrupção da oferta de transporte escolar, o fechamento de AMAs e UBSs, o encerramento de mais de 140 linhas de ônibus. O Prefeito Doria (PSDB) é cúmplice da política do ilegítimo Governo Temer (MDB), que se resume ao confisco dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Em 14 de março, o Governo Doria antecipou o processo de tramitação e, ao se deparar com a mobilização dos servidores, ordenou uma violenta ação policial contra os manifestantes presentes dentro e fora da Câmara Municipal.
A Federação Estadual dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado de São Paulo, reunido em 17 e 18 de março de 2018, em Águas de São Pedro/SP, repudia as ações violentas e manobras do Governo Doria e expressa o seu apoio à Greve dos Servidores Municipais e Profissionais em Educação do Município de São Paulo e exige a imediata retirada do PL 621/16, o PL do Confisco!
Águas de São Pedro/SP, 18 de março de 2018.